Grupo de palhaços de Jacksonville tenta reconstruir suas fileiras na escola de palhaços

Eles podem parecer despreocupados, com seus narizes vermelhos e bochechas rosadas, seus cabelos coloridos e chapéus engraçados, suas meias listradas e sapatos moles. Afinal, não há nada como vestir sua roupa de palhaço para lhe dar um impulso emocional.

Mas por trás de tudo isso, os palhaços de Jacksonville sentem problemas - e precisam da sua ajuda, mais do que nunca.

A pandemia os atingiu duramente, levando ao cancelamento de festas de aniversário, bem como de eventos corporativos onde avistamentos de palhaços são comuns. Numa medida especialmente dolorosa, os hospitais locais simplesmente não puderam permitir que visitantes palhaços vissem os seus pacientes jovens durante muito tempo, e os centros para idosos fizeram a mesma coisa.

Assim, a demanda por palhaços diminuiu para quase nada. E o que é um palhaço sem chance de fazer palhaçadas?

“Foi brutal”, disse “Shorty”, também conhecido como Sean Jennings e atual presidente da Gator Clowns of Jacksonville Inc. “Não pudemos nos encontrar, não pudemos recrutar e, como não estávamos em público. .."

A esposa de Shorty, Carole “Sprinkles” Jennings, terminou a frase: “As pessoas se esqueceram de nós!”

Muitos palhaços pararam de fazer palhaçadas durante a pandemia e ainda não colocaram a maquiagem e as perucas de volta.

Acredita-se que Gator Clowns, um grupo sem fins lucrativos, seja o grupo de palhaços ativo mais antigo da América (provavelmente com 50 anos, pelo menos, diz Shorty). Mas agora o número caiu para cerca de 20 membros pagantes e com antecedentes verificados. Compare isso com os 120 membros citados numa matéria do Times-Union há apenas 21 anos.

Essa é uma mudança drástica. E muitos dos palhaços restantes estão, bem, envelhecendo, como os palhaços marido e mulher Shorty, que tem 71 anos, e Sprinkles, que tem 74. Ela riu: "E não acrescente um dia a isso!"

“Se não conseguirmos incluir os jovens, a profissão simplesmente desaparecerá”, disse Sprinkles. “Todo mundo vai envelhecer e não aguenta mais.”

Então agora a Gator Clowns está procurando ansiosamente pessoas mais jovens (até mesmo em idade escolar) para se juntarem às suas fileiras coloridas, embora diminuídas, o que nos leva à Clown Academy 23, onde você pode aprender tudo o que precisa saber para se tornar um palhaço.

No início desta semana, cerca de meia dúzia de pessoas se inscreveram. Mais são necessários.

A Clown Academy começa em 7 de setembro na Englewood Christian Church, 4316 S. Barnes Road, com formatura em 4 de outubro. (Confira a página dos palhaços no Facebook, Gator Clowns of Jacksonville Inc., ou o site, gatorclowns.org, ou ligue 833-487-2596. São US$ 125, o que inclui um ano de assinatura.)

A Clown Academy costuma ser um evento anual, mas não desde 2019. “Por razões óbvias”, disse Shorty.

É uma oportunidade para os palhaços iniciantes aprenderem coisas como a história dos palhaços (é rica), figurino, maquiagem, pintura facial, escultura de balões e improvisação. Até a arte do monociclo, se desejar.

A professora palhaça Sarah “Buttons” Page diz que há um pequeno palhaço em quase todo mundo, e você só precisa olhar para dentro de si para descobrir quem é.

Ela tem 35 anos, é uma das palhaças Gator mais jovens, mãe de um bebê recém-nascido e, em sua vida de não-palhaça, trabalha para uma seguradora residencial. “Eu leio e faço matemática o dia todo”, disse ela. Praticamente o oposto da palhaçada.

Em busca da felicidade, ela encontrou a palhaçada e Buttons há quatro anos.

“Eu sempre fui uma criança meio boba enquanto crescia”, disse ela. “Eu envelheci, entrei na minha fase adulta séria, perseguindo uma carreira, fazendo todas essas coisas, e meio que deixei minha criança interior ficar escondido sob a vida e todas as coisas que acontecem, boas e más."

“Pensei: não seria ótimo se eu pudesse fazer algo para trazer um pouco de alegria e risadas às pessoas quando elas estão em crise?”

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Buttons está bem ciente de que algumas pessoas se incomodam com os palhaços ou têm medo deles. Tudo bem, ela disse: “Eu tenho um lema: sempre respeite o não”.

E quando você consegue fazer com que uma criança, digamos, passe do medo para pensar que você é muito legal? Isso não tem preço.